quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

København, parte III

Depois de assistir à troca da guarda eu fui no Museu da Coroa que fica ali mesmo na praça dos palácios. Tem que pagar pra entrar e se quiser tirar fotos tem que pagar mais uma taxa. Eu escolhi   pagar só a entrada, mas como tenho sorte, na metade do percurso um selo grudou no meu pé, fui ver o que era, era o selo de grudar na roupa dando permissão pra fotos. Não tive dúvidas, colei no casaco e comecei a tirar minhas fotos :D







Do lado do castelo real tem uma igreja linda chamada Marbel Church. A igreja estava passando por reformas na cúpula, mas mesmo assim dá pra ver o quão linda é. A igreja por dentro não é muito grande e a cúpula por dentro tem as imagens dos 12 apóstolos.






Logo do lado da Marbel Church tem uma igreja Católica Ortodoxa Russa com uma decoração dourada linda. Eu não lembro agora como chamar esse tipo de decoração mas sei dizer que chamava atenção de longe. Pena que a rua é estreita e tava em obras então não tive muito espaço pra tirar foto.
No caso, a cidade inteira estava em obras. Em agosto de 2011 em um dia choveu a quantidade esperada para 3 meses, e como a cidade é plana e na beira do mar, ficou tudo inundado e infelizmente estragou um monte de coisa que agora estão tentando arrumar. Por isso que nas minhas fotos sempre aparece alguma coisa cercando a área de alguma obra.




Essa estátua aí é do Rei Frederic X, que foi muito importante pra história recente da Dinamarca. O país foi um dos que menos sofreu e mais protegeu os seus judeus durante a Segunda Grande Guerra, e isso por conta da audácia deste rei. Durante todo o reinado ele saía diariamente montado no cavalo pela cidade e durante a guerra ele saía usando um broche em forma da estrela de Davi simbolizando que estava com os judeus também. Recomendo que procurem pela história dele no Google.



Bom, na cidade da Carlsberg a água não poderia ter outra marca e eu precisava postar isso aqui. :P



Eu e a Marcelle conhecemos vários brasileiros no hostel, inclusive tinha uma brasileira no quarto dela que causou no hostel. Bom, mas tivemos sorte e conhecemos outros dois brasileiros gente finissima e que estavam sozinhos por lá e que tinham chegado do Brasil naquele dia mesmo. Já chamamos pra ir pra rua no reveillon com a gente.
A idéia era ir ver os fogos na frente do Town Hall conforme vários nativos nos indicaram. FURADA!! 
O povo alucina, não existe segurança alguma. Não é igual no Brasil que os fogos são responsabilidade da prefeitura e existe uma faixa de segurança na qual ninguém pode chegar perto. Em Copenhagen cada um fica responsável pelos seus fogos, ou seja, uma zona, cada um pode mirar os fogos pra onde quiser. E como o povo lá bebe pra cacete, os fogos eram mirados quase que na horizontal e estouravam encima das pessoas. Eu e os outros 3 estávamos num lugar que considerávamos seguro até que um dos fogos estourou praticamente no nosso meio. Senti um sacudão e saí correndo quase desesperada chamando o resto da galera. Quando eles chegaram eu tava enlouquecida perguntando se tava tudo bem, se não tinha nada com faísca ou etc. Fiquei realmente bem preocupada.
Depois tentamos nos movimentar no meio da rua mas bem nesse momento passou uma multidão que não sei de onde veio e quase me borrei de medo de novo, porque ia ser muito fácil de a gente se perder e de sermos roubados, além dos fogos que podiam acontecer de novo e não ia dar chance nenhuma pra correr se necessário. Puxei todo mundo e me encostei numa parede. A Laiz, a nova amiga, ficou sem gorro, simplesmente puxaram da cabeça dela. Mas daí arrumamos um cantinho show de bola pra ficar, do lado da porta de uma balada que não tava fiscalizando quem entrava, então banheiro free e cantinho seguro com vários policiais do lado (apesar de não se coçarem pra nada).







Depois da muvuca passar a gente tava andando por lá e me perdi do resto do povo. Obviamente que alguém ia se perder nessa zona. Mandei uma mensagem pra Marcelle avisando que tava voltando pro hostel. O povo logo me encontrou lá e como já tava todo mundo prá lá de Bagdá ficamos desejando feliz ano novo pra cada um que passava pela gente. Desconfio que o pessoal lá tava de saco cheio desses brasileiros mega animados... Inclusive esperamos pelas 3hs da manhã pra celebrar o ano novo no horário brasileiro.
Na manhã seguinte eu e a Marcelle saímos pra bater perna de novo.
Dessa vez fomos pro outro lado da cidade em direção à estátua da Pequena Sereia, que foi uma história escrita pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, que morou maior parte da vida dele em Copenhagen. Mas no caminho nos deparamos com um bairro bem interessante com uns prédios bem antigos e na maioria pintados de amarelo, fui pesquisar e descobri que foram construídos como moradia para os trabalhadores da indústria naval que no século XVII estava em ascenção por lá.











Logo ali perto existe um forte belíssimo e super bem conservado também do séc. XVII. A visistação é gratuíta e estimulada, mas deve-se seguir algumas regras.






O forte tem esse formato aí, e é tudo muito organizado, limpo e silencioso por lá.







Pensa no frio...



Tinha moínho de vento antigo, muito lindo!!!



A Marcelle tentou se matar diante de tanta beleza, mas eu não deixei gente, fiquem tranquilos!











Na lateral do Kastellet tem um parque em nome de Winston Churchill. Não sei se me falta conhecimento de história, mas não entendi a razão do parque em nome dele. Bom, o parque tem um busto do Churchill e como não poderia deixar de ser tem uma coroa pra ele também.



E eu não sei se o povo costuma se jogar na água que circunda o Kastellet, mas em vários pontos tinha um kit desses aí com bóia, corda e um 'gancho' pra puxar o louco que se jogar.



Esse navio aí embaixo foi o único navio da marinha dinamarquesa que sobreviveu à guerra. Na verdade não ouve ataque de verdade, mas pra não perderem os navios pra Alemanha, os dinamarqueses preferiram eles mesmos afundarem seus próprios navios. Se eles não podiam ter os navios, os alemães também não podiam. Mas esse navio aí estava na Inglaterra (se não me engano) e não foi afundado junto com os outros, então é o único sobrevivente desta época.



Bom, finalmente chegamos na estátua da Pequena Sereia. Vou dizer que foi um puta trabalho conseguir tirar essa foto sem ninguém mais aparecer nela, porque estava abarrotado de gente.



Essa é a torre de uma igreja. Das construções antigas é a mais alta. Então como a cidade pegou fogo várias vezes o governo resolveu transformar a igreja num ponto de observação e nenhuma outra construção pode ser mais alta que a torre. Dizem que a lei é valida até hoje, mas depois vi um prédio altíssimo próximo da CentralStation.




Aqui todo mundo 'estaciona' as bicicletas assim, sem preocupação nenhuma. Só puxam o pézinho e deixam lá, se bater um vento e fizer efeito dominó não tem problema...



Achei essa técnica anti-ladrões engraçadíssima. Muito fácil mostrar que não tem o que roubar, além do estoque.


Gente, esse Fiat 500 é a minha cara!!!!! Amei, precisei fotografar.



E esse é o estado da minha calça depois de caminhar o dia inteiro na chuva. Vida de mochileira não é fácil.



Bom, vou terminar por aqui que amanhã a mochila volta pras costas e vou pra Estocolmo. 

Um comentário:

  1. Muito bom, suas fotos de kopenhagen são lindas.... A minha ta toda branca de neve....

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