terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Slottsskogen

Dia 26/12 é feriado na Suécia, boxing day, então decidi passear num parque bem grande que tem aqui, o Slottsskogen. Fui até lá a pé, apesar de ser mais de 3km longe do hotel que eu estou. Essa é só a distância do parque até o hotel, tem mais toda a caminhada que fiz dentro do parque, que é gigantesco e tem várias subidas.
Quando eu tava quase chegando lá começou a chuviscar e eu quase desisti, parei num café e comi alguma coisa porque já era meio dia e quando saí já tinha diminuído bastante a chuva e continuei bem feliz e faceira em direção ao parque.
O parque é lindo e enorme e eu não caminhei por tudo porque tava cansada e também não queria ficar lá dentro quando escurecesse, mas (acredito) ter visto todos os animais da parte do zoológico. É, tem tipo de um zoológico e não se paga nada pra entrar ali. É público, não vi ninguém 'cuidando' mas todo mundo que passa ali cuida do parque e tudo é muito limpo e preservado. Esse parque deve ser uma maravilha no verão. Ah, dentro do parque fica o Museu de História Natural de Gothenburg, mas hoje não abria, então volto lá pra ir no museu um outro dia.
Tanto os caminhos maiores como os menores são asfaltados então é muito fácil caminhar pelo parque, e apesar de ser asfalto revestindo os caminhos a integração com a natureza é enorme.






Acredito que é uma casa de bonecas, porque é bem pequena pra ser de verdade.




Todos os lugares do parque tem placas indicando a direção e distância de cada lugar.




Alí ao fundo um restaurante e o deck iluminado. Um colega tava me contando que é o lugar ideal pra ir tomar uma cerveja no verão. ^^




Mas como não é verão e tava chuviscando, nada de cerveja e muita roupa.




Aqui tem muita gente que usa um equipamento que parece um esqui com rodinhas e se exercitam pela cidade com ele. Aliás, incrível a disposição de todos aqui. Não importa se tá chovendo ou frio, eles saem pra correr mesmo assim, e como todo mundo corre por aqui. Quero muito assimilar pelo menos um pouco dessa disposição. 




Ah precisei tirar foto das crianças caminhando com toda delicadeza atrás dos patos. Tadinhos, foram com o maior cuidado, mas os patos voaram mesmo assim. 




Esse aí foi o cara que criou o parque, que antes de ser parque era um campo de caça quando a cidade foi criada.






O parque contém uma piscina de focas com janelinhas de baixo da água, mas eu tirei fotos pelo lado de cima mesmo porque achei mais eficiente.




As focas tavam super brincalhonas, nadando sempre em grupo e rodopiando.










Tinham uns patos suécos (a raça), acho que tavam todos com frio no bico hahaha. Todos com os bicos escondidos no meio das penas.




Logo ali do lado tinham os pinguins. Tinha um só do lado de fora quietinho, foi só eu chegar próximo parece que ele chamou o resto e saíram todos pra se exibir na água. Mas exibição mesmo. Na piscina tem uma saída de água com bastante força, eles nadavam até a saída, pegavam a corrente de água e ficavam flutuando e girando. Fiz até um vídeo de tão engraçado que tava, vou tentar adicionar aqui depois.





Taí o vídeo que eu fiz dos pingüins:


Também tinha carneiro.



Pavão. 




Alce. A foto não ficou boa porque tinha um puta cercado e estavam longe. Mas posso dizer que são muito grandes.




Veados.




Um lado abarrotado de patos.




Bode.




Pôneis.



Agora realiza quanto devem custar esses apartamentos aí, praticamente dentro do parque.




Do lado do museu, tem um Hotel para insetos!!!!!




Adorei o passeio, caminhei HORRORES, estourei o joelhos subindo e descendo, mas não me importo. É muito bom passear sozinha, ouvir a natureza, andar por um lugar calmo.
Na volta eu passei pelo centro e pelo shopping e entendi porque o parque tava vazio, estava todo mundo no shopping, tive que ligar o modo e 'esbarrar sem remorso' pra poder sair pela outra porta.
Cheguei no hotel morta de cansada, tomei banho, jantei e vim atualizar o blog. 
Consegui atualizar tudo que precisava então agora vou dormir que já está tarde aqui.
Pra não perder o costume.

Göt hoje tava quente e úmida: Chuviscando, 9°C, vento de 32kph e sensação de 3°C.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal!!

Como falei antes, fui passar o Natal com a família do meu chefe, que é romeno.
Cheguei na casa dele lá pelas 17h15 do sábado e só cheguei em de volta no hotel domingo às 18hs.
Na casa dele ajudei a fazer a feijoada que contei antes, tomamos caipirinha, vinho quente romeno, montamos a árvore de Natal com a esposa e os filhos dele, jantamos e assistimos um filme típico de natal.
Devo dizer que árvoce de verdade é muito mais bonita. Até me desanimo de pensar nas nossas árvores de plástico no Brasil. Árvore de verdade é mais bonita, é mais cheirosa fora a energia diferente que tem junto. Já falei antes também que prefiro a decoração natalina daqui, que é mais simples mas muito mais bonita. Não adianta, natal combina com inverno. Ponto!!
Continuando, dormi lá na casa deles e no dia seguinte comemos mais um monte e depois eles iam pra casa de outro casal de romenos amigos deles e me convidaram pra ir também porque não queriam que eu ficasse sozinha no natal. :)
Aceitei, passei óleo de peroba na cara e fui. O casal de amigos também super querido, tem uma filha da idade do filho mais velho do Victor e um bebê de 10 meses. Mais um cachorro e um gato persa. Matei um pouco a saudades da Pepezinha, apesar de que foi o cachorro que me adotou pra ficar fazendo carinho a noite inteira.
Como a dona da casa morou muitos anos na França, a ceia tinha alguma influência francesa muito chic. Experimentei foie gras, tomei champagne da região de champagne mesmo, comemos pato com castanhas cozidas, uma delícia. 
Eu não tirei foto de nenhuma das duas ceias porque achei que ia ser muito mala ficar tirando foto de comida na casa dos outros, além do que a ceia não era posta completa na mesa, era um vai e vém interminável de pratos na mesa, achei que fosse explodir com tanta comida, e tudo muito gostoso... Meu único pensamento agora é entrar num regime depois dessa orgia gastronômica. Ai...ai...

Preparativos para o Natal.

Meu chefe, Victor, me convidou pra passar o natal com a família dele e sugeriu de a gente preparar algum prato brasileiro pra me fazer lembrar de casa. A sugestão dele foi fazer feijoada, mas não achei que fosse ficar bom, então também fui atrás de algunsoutros ingredientes pra fazer mais alguma coisa. 
Conversando daqui e dali descobri uma loja que vende ingredientes indianos e que tem várias coisas iguais a que temos aí e outras importadas diretamente do Brasil. Resumindo encontrei lá: leite condensado, farofa pronta, farinha de mandioca, goiabada, concentrado de maracujá, preparado para fazer pão-de-queijo, batata palha e erva-mate. Sério, a erva mate foi que me chamou mais a atenção. Porque além do percentual de brasileiros aqui ser bem pequeno, o percentual de brasileiros que toma chimarrão é menor ainda!!!!
Eu e a Marcelle ficamos tão entusiasmadas com as coias que achamos que ríamos alto na loja. Até expliquei pro dono depois porque ríamos tanto, porque as risadas eram altas e empolgadas mesmo!

                                     

Então comprei leite condensado pra fazer brigadeiro e farinha de mandioca pra fazer farofa. A batata palha e a goiabada foram pura empolgação. Mas ainda vou fazer algo com elas.
Pra falar do brigadeiro tenho que falar antes sobre os doces aqui na Suécia. Tudo aqui é menos doce que no Brasil, talvez a razão disso seja que o açúcar de beterraba deles seja menos doce que o açúcar de cana-de-açúcar que temos no Brasil. De qualquer maneira, é tudo menos doce, e obviamente tanto o leite condensado quanto o chocolate em pó também tinham menos açúcar. Mas só me dei conta disso depois de ficar mexendo o brigadeiro na panela por mais de meia hora sem nem chegar perto do ponto. Aí que lembrei que a quantidade de açúcar podia afetar no ponto e coloquei açúcar na panela. Resumindo: tive que por um monte de açúcar pra pegar o ponto ideal. Tenho que admitir que me assustei com quanto açúcar a gente come aí.
Ah, encontrei praticamente tudo que precisava pro brigadeiro - além do leite condensado com letras árabes no rótulo, achei as forminhas e pra substituir o chocolate granulado, comprei umas bolinhas coloridas que também temos no Brasil.
Como eu imaginei, todo mundo gostou do brigadeiro, mas achou doce demais, então o povo não devorou assim como aconteceria por aí. :P





Ao contrário do brigadeiro, fazer a farofa foi bem facinho. Fiz uma bem simples, só com bacon e cebolinha verde. O bacon já comprei cortadinho, então foi só fritar. Ficou uma delícia e combinou muito bem com a feijoada.




O Victor queria muito fazer feijoada porque comeu um dia no restaurante da Volvo e adorou. Como ele ia fazer um prato romeno que precisava cozinhar partes do porco por muitas horas, separou uma parte da carne pra eu ajudar ele a fazer a feijoada. E como eles aqui não costumam ter panela de pressão ele comprou feijão de latinha. Eu sinceramente achei que não ia dar certo, mas sinceramente ficou muito gostoso. Fritei cebola e alho, colocamos a carne e o feijão, folha de louro (que é muito usada na culinária romena), sal e pimenta.
Feijão, farofa e brigadeiro, nada natalino, mas com ótimo gostinho de casa. Maravilha!!!!

Pós roda-gigante

Tô devendo com o blog nessa última semana. Trabalhei bastante, mais preparativos pro Natal, mais o próprio Natal de 3 dias... Bom, eu chego lá.
Depois da roda-gigante fomos caminhar pela marina que fica ao lado. Tava tudo congelado e liso, mas a vontade de passear ali foi maior que o medo de escorregar e cair no mar (que drama!).










Na marina tinha dois barcos que mais pareciam casa do que barco. Mas fiquei me perguntando se realmente tem alguém capaz de morar em um barco nesse frio e vento que tem aqui...




E o nome na porta, que tal?!




Bom, se tinha pato no mar, vai ver não tava assim tão frio..., né?



Ali do lado também fica a Ópera de Gothenburg, que eu mencionei antes. Interessante é a arquitetura bem modernista no meio de tantos prédios antigos.



Essa região de Gothenburg tinha muitos estaleiros, mas a economia foi mudando e hoje em dia não existe mais nenhuma, agora a região está mais urbanizada apesar de existirem ainda vários 'portos', e como herança contém um museu marítimo e vários barcos antigos e ítens da época ao acesso de todos num largo. Ainda não fui no museu, mas olhamos todos os ítens que estavam ali no largo.



Aqui tem um navio que parece ser da marinha. Queríamos ter visitado, mas o acesso tava fechado, então não conseguimos saber muito sobre ele, apesar de chamar bastante a atenção.




Por incrível que pareça, esse quadradão aí também é um barco. 


Esse laranja é uma câmara de pressão usada pra tirar o excesso de nitrogênio do corpo que caso pudesse acontecer com os marinheiros.





Esse outro, pelo que entendi (porque a explicação está em suéco) é uma mina.




E esse branco tipo ET aí é uma camara para inspeção sub-aquática e esse modelo foi desenhado em 1530.



  
Essa é a bala usada no canhão logo abaixo. A bala pesa 144kg e o canhão 14,6ton!!





Ha! Ia ser uma super marinheira....



Não tenho idéia de quem era, mas valeu pela minha foto com cara de séria....porque sou uma pessoa muito séria.
  

Já a Marcelle... Pegou, pegou!!


Depois de passear bastante e bater bastante o queixo pelo caez, fomos almoçar e 
voltamos pro hotel quentinho.